sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Reforço escolar pode ser uma das soluções
Com a problemática da defasagem escolar, gestores apostam no ensino individualizado e na complementação
Se os dados da pesquisa levantada pelo Movimento Todos pela Educação sobre os índices de defasagem são desanimadores, os gestores públicos devem ser os responsáveis por uma atitude urgente, a fim de que as salas de aulas não se esvaziem ainda mais. Os reforços escolares podem ser uma saída, afirma o coordenador de ensino Fundamental e Médio da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Fortaleza, Arlindo Araujo.
"Acredito que a mudança nos modelos de avaliação e a oportunidade de participar de reforços podem auxiliar os alunos a enfrentar suas dificuldades e, assim, não repetirem o ano ou ficarem tentados a sair do colégio", comenta o gestor.
Distorção
Para ele, ainda há um atraso muito grande de alunos que já deveriam ter terminado os estudos o que favorece muito a distorção idade-série. Arlindo acredita que não é só papel da escola manter os adolescentes na entidade.
"Há ainda uma falta de estímulo da família, um apoio de que a educação traz possibilidades de futuro. Sem um suporte, por que o jovem vai continuar?", questiona.
Em outra pesquisa feita pelo Movimento Todos pela Educação, os dados revelam que a problemática não é recente. Dentre as cinco metas para a educação, apontadas pelo grupo, está a superação do problema. Entretanto, os números já não são otimistas desde 2009.
As últimas taxas de distorção no Nordeste são: 32,5% no Fundamental e 40,2% no Médio. "Tem crescido a cada ano. Muitos professores, infelizmente, acabam vendo o abandono dos estudos como algo natural", critica o coordenador.
Entre as iniciativas para o enfrentamento da questão estão dois projetos de reforço e complementação escolar para aqueles que estão com dificuldades de seguir o ritmo dos demais e não conseguem ler, escrever ou efetuar contas com facilidade. A SME tem o projeto Correção de Fluxo e o Mais Educação com aulas extras para quem desejam entrar em escolas profissionalizantes.
A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) apresentou também suas ações. Há o Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Superintendência Escolar e o Professor Diretor de Turma que visam a construção de uma escola com objetivos de acesso, de permanência do aluno, evitando a evasão, além do sucesso e a formação do cidadão.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=928540
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